Rádio Os Informantes

sábado, 24 de janeiro de 2015

Economia

Parado há 1 mês, equipamento no TO contribuiu para restrição de energia

Desligado, equipamento reduz envio de energia do Norte para o Sudeste.
Apagão atingiu na segunda (19) 11 estados e o Distrito Federal.

A restrição no envio de energia do Norte para o Sudeste do país, causada por defeito em equipamentos de uma linha de transmissão em manutenção há mais de um mês, é uma das causas do apagão que na segunda-feira (19) atingiu 11 estados e o Distrito Federal.

O próprio Ministério de Minas e Energia confirmou ao G1 que o problema na interligação Norte-Sudeste está entre as causas do corte de luz.

De acordo com o ministério e com Furnas, empresa da estatal Eletrobras que administra a linha, um banco de capacitores de uma subestação localizada em Gurupi, noTocantins, está desligado desde o dia 14 de dezembro, depois de apresentar defeito.

Com o equipamento fora de operação, reduziu-se em 12,2% a capacidade máxima de transmissão de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste do país: de 4.100 MW (megawatts) para 3.600 MW.

Apagão
De acordo com o ONS, o apagão ocorreu às 14h55 da segunda (19). No mesmo dia o órgão informou, em nota, que o problema foi causado pelo aumento da demanda e por “restrição na transferência de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste.”
Em entrevista também na segunda, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que uma das causas do apagão era uma falha em banco de capacitores na linha Norte-Sul.
Entretanto, nem o ONS, nem o Ministério de Minas e Energia, informaram na oportunidade que a restrição no envio de energia se devia a um equipamento desligado para manutenção há mais de um mês, justamente em numa época em o país costuma bater recordes de consumo devido ao calor.
Questionados, tanto o ministério quanto Furnas negaram atraso na conclusão da manutenção. De acordo com a empresa, “o equipamento está em fase final de manutenção/montagem e tem previsão de ser liberado para operação na próxima segunda-feira (26).” A previsão inicial, informou, era que isso ocorresse apenas em 31 de janeiro.

Crise energética
Estados como São Paulo e Rio de Janeiro têm registrado calor recorde nas últimas semanas. Com isso, a demanda por energia aumenta devido principalmente ao uso mais intenso de aparelhos de ar condicionado.

Além disso, a região Sudeste enfrenta crise provocada pela falta de chuvas, que vem reduzindo o volume de água nos reservatórios de suas hidrelétricas. Atualmente, essas represas registram armazenamento médio de 17%.

Por conta desses dois fatores, o Sudeste, principal centro consumidor do país, vem dependendo cada vez mais da energia enviada de outras regiões, por meio das linhas de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Depois do apagão, o Brasil passou a importar energia da Argentina para atender a parte da demanda nos momentos de pico de consumo.

Efeito dominó
Por contra da restrição na linha de transmissão, na segunda (19) faltou energia para atender a toda a demanda do Sudeste. Essa situação gerou um desequilíbrio, uma variação na frequência da energia, que provocou o acionamento do sistema de segurança de 11 usinas geradoras no país, desligadas para evitar danos em suas máquinas.

O ONS, então, determinou a distribuidoras que cortassem o fornecimento de energia em pontos selecionados. O objetivo era acabar com a diferença entre oferta e demanda para reequilibrar o sistema. Cerca de uma hora depois, de acordo com o órgão, o fornecimento estava reestabelecido em todo o país.

Oficialmente, o governo, junto com o ONS, ainda investiga todas as causas do apagão. O ministro Eduardo Braga tem negado falta de energia no país para atender a toda a demanda neste início de ano de forte calor.

como economizar água

Aposentado cria sistema automatizado de reuso de água da chuva na descarga

Um aposentado morador de São Paulo criou um sistema de reuso de água da chuva e da lavadora de roupas na descarga dos vasos sanitários. Em um mês, o projeto reduziu 70% do  consumo na casa onde ele mora com a irmã, no bairro Belenzinho, Zona Leste da capital.
As adaptações foram simples, segundo Jackson Ho. Ele gastou cerca de R$ 1,5 mil com 2 caixas d'água, bomba e material para fazer as instalações hidráulicas. O acionamento da descarga é feito por um sistema elétrico, semelhante a uma tomada, instalada no banheiro (veja no vídeo acima enviado ao VC no G1).

Aposentado cria sistema automatizado de reuso de água da chuva na descargaUma das caixas é interligada à lavadora de roupa e fica no piso superior da casa. A segunda fica no andar de baixo, armazena a água da máquina e também da chuva. A água é enviada para os vasos sanitários por uma bomba. Para separar a água de reuso da que é da rua, ele instalou um cano independente.
"O sistema é híbrido. Posso liberar a descarga pela válvula ou pelo botão de acionamento automático sempre que tiver água na caixa, porque dá dó usar água limpa na  descarga", disse o aposentado.     

Além da descarga, o reaproveitamento é feito na limpeza da garagem, quintal e do carro. "Quando chove 'legal', as duas caixas enchem em uma hora. Quando a chuva é fraca, enche pela metade. É algo diferente, mas funciona e é uma coisa que vai ficar, mesmo com fim da crise da água", completou.
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Aposentado cria sistema automatizado de reuso de água da chuva na descarga

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Economia.

15/01/2015 11h16 - Atualizado em 15/01/2015 11h31

Caixa estuda subir juros do financiamento da casa própria

Banco não cogita mexer nos juros para a habitação popular.
Também não serão afetados financiamentos com FGTS.

Ao fundo, zona norte de São Paulo vista a partir da região da Pompeia. (Foto: Ardilhes Moreira/G1)Ao fundo, zona norte de São Paulo vista a partir
da região da Pompeia. (Foto: Ardilhes Moreira/G1)
Caixa Econômica Federal informou nesta quinta-feira (15) que estuda reajustar as taxas de juros do financiamento imobiliário. A tabela de juros do banco não foi alterada durante todo o ano de 2014.
No entanto, o banco afirmou que não cogita mexer nos juros dos empréstimos para a habitação popular, como a Minha Casa, Minha Vida, nem nos financiamentos feitos com cartas de crédito do FGTS.

Os juros da Caixa costumam ser os menores no mercado e servem como referência para os demais bancos.

Os juros cobrados pela Caixa usando o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) variam de 7,95% a 9,2% ao ano mais TR, dependendo da renda, do valor do imóvel e do relacionamento com  o cliente. Essa modalidade de financiamento é feita para imóveis no valor de até R$ 750 mil em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal e de até R$ 650 mil nos demais estados.

Já a taxa de juros anual cobrada atualmente pelo banco com uso da carta de crédito do FGTS varia de 5% a 7,93% mais TR, dependendo da renda, do valor do imóvel e do relacionamento com cliente. Os juros cobrados em financiamentos pelo Minha Casa Minha Vida são os menores, e variam de 5% a 6,86%.

De acordo com o vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, José Urbano Duarte, o crédito imobiliário no banco fechou 2014 com R$ 140 bilhões em empréstimos, 10% a mais que o financiado em 2013. Para o mercado como um todo, a previsão dele é que o crédito imobiliário feche o ano com R$ 200 bilhões de financiamentos. Levando em conta essa previsão, o banco deteria 70% do crédito imobiliário do país.
Para 2015, Duarte estima crescimento de 10%. Ele citou, como fontes de recursos, o FGTS, que irá destinar R$ 42 bilhões para o crédito imobiliário, e a poupança. Em 2014, o investimento do FGTS foi de R$ 37 bilhões.
Segundo ele, até 2009, a Caixa oferecia R$ 5 bilhões de crédito imobiliário em um ano. Atualmente são R$ 5 bilhões em 15 dias.

José Urbano Duarte destacou que há demanda para o crédito imobiliário. Como prova, afirmou que cerca de 7 milhões de projeções de operações de crédito habitacional têm sido realizadas a cada mês pelo simulador de financiamento imobiliário do site da Caixa.

 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Mundo.

Policial morre em tiroteio ao sul de Paris

Suspeito atingiu policial e funcionário de limpeza de Montrouge.
Polícia diz que não há indício de relação com ataque à 'Charlie Hebdo'.

Ferido é resgatado em Montrouge, no Sul da França, após tiroteio nesta quinta-feira (8), um dia depois do atentado que matou 12 pessoas em Paris (Foto: Thomas Sanson/AFP)Ferido é resgatado em Montrouge, no Sul da França, após tiroteio nesta quinta-feira (8), um dia depois do atentado que matou 12 pessoas em Paris (Foto: Thomas Sanson/AFP)
Uma policial morreu após ser baleada nesta quinta-feira (8) em um tiroteio no sul de Paris, informaram fontes policiais. Além dela, um funcionário da limpeza do município de Montrouge também ficou ferido no ataque.
De acordo com os primeiros elementos da investigação, "não há vínculo com o atentado da Charlie Hebdo", a revista satírica atacada na quarta-feira (7) em Paris por dois homens armados que assassinaram 12 pessoas.
O autor dos disparos ainda é procurado pela polícia. Anteriormente, as autoridades chegaram a informar que um homem havia sido detido suspeito do crime, mas depois foi esclarecido que ele não foi o autor dos disparos.
O suspeito vestia um colete à prova de balas e carregava uma arma curta e um fuzil automático.
Às 8h19 hora local (5h19 de Brasília), atirou pelas costas contra policiais que atuavam em um acidente de trânsito.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, abandonou rapidamente a reunião de crise convocada pelo presidente François Hollande, organizada um dia após o atentado contra o Charlie Hebdo, para ir ao local do incidente, anunciou o Eliseu.

Enem

'Vamos ser prejudicados', diz jovem de PE que fará Enem pela terceira vez

Trinta e um candidatos da Mata Sul vão refazer exame nesta quinta-feira.
Falta de energia e roubo de provas forçaram estudantes a essa situação.

Marcela Pereira [E] e Lays Souza vão fazer provas do Enem 2014 pela terceira vez (Foto: Lays Souza / Arquivo pessoal)
Marcela Pereira e Lays Souza acreditam que falhas vão atrapalhar resultado das notas (Foto: Lays Souza / Arquivo pessoal)
Revolta, desânimo e tristeza. Os sentimentos se misturam para quem vai ter que fazer, pela terceira vez, parte das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014. O Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que 31 pessoas terão que refazer o teste nesta quinta (8), em Pernambuco.
Os candidatos refizeram o exame em 9 e 10 de dezembro, quando houve reaplicação dos testes em localidades onde houve problemas durante a primeira aplicação, ocorrida em 8 e 9 de novembro, principalmente por falta de energia elétrica. Entretanto, segundo o Inep, o caminhão dos Correios que transportava os cartões de resposta e as provas de redação para correção foi roubado no Rio de Janeiro, em 16 de dezembro. A Polícia Federal investiga o caso.
A nutricionista Lays Souza, 23 anos, moradora de Escada, na Mata Sul do estado, é uma das candidatas que vai fazer a prova novamente. "Com certeza, vamos ser prejudicados. Ninguém está mais estudando, o ritmo acabou. As provas começam ao meio-dia. Quando você está estudando, é normal estar acordado antes desse horário. Quem está de férias está acordando [perto de meio-dia]", reclama.
Lays sonha com uma vaga no curso de medicina. Depois de ter que refazer o exame em dezembro, devido à falta de energia em um dos locais de aplicação do teste, foi surpreendida por uma ligação na última sexta (2), informando que teria de fazer mais uma vez a prova, pois o caminhão com os cartões de resposta havia sido roubado.
"Minha nota vai ser diferente. Uma coisa é saber um mês antes, outra é ficar sabendo na semana anterior. Uma coisa é você fazer a primeira. Eu estava transcrevendo a redação quando faltou luz. A segunda, a prova foi ótima. E agora... Eu não sei se vou ter disposição para fazer todas aquelas questões", aponta a nutricionista, que estuda a possibilidade de entrar na Justiça.
Marcela Pereira pensou que estava livre do enem (Foto: Marcela Pereira / Arquivo pessoal)Marcela planejava passar férias na praia, mas soube que
teria que refazer o Enem (Marcela Pereira / Arquivo pessoal)
A estudante Marcela Pereira, 18 anos, tinha planos de ir para uma praia, aproveitar as férias, antes de ficar sabendo que teria que refazer o Enem. "Eu pensei que estava livre, não estava estudando. Da outra vez, quando faltou luz, a gente sabia que ia ter que refazer, mas agora não deu tempo nem para estudar. No dia que recebi a notícia fiquei triste, em choque, sem vontade de fazer a prova", conta.
Buscando uma vaga no curso de administração, a estudante ainda tentou revisar os conteúdos que teve mais dificuldades. "Eu fui bem na primeira, na segunda eu fui melhor porque, querendo ou não, tive mais tempo para estudar. Eu espero que vá bem agora, porque psicologicamente já estou prejudicada, mas espero que isso não aconteça também na prova”, afirma.
Sisu
A nota do Enem deve ser divulgada em breve, já que, entre os dias 19 e 23 de janeiro, é aberto o cadastro para participar da primeira edição de 2015 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A assessoria de comunicação do Inep garantiu que a nota dos estudantes que vão fazer a prova nesta quinta-feira (8) vai ser liberada "em tempo hábil para se inscreverem no Sisu", não sendo assim prejudicados.
O Sisu é o processo seletivo que usa as notas do Enem para distribuir estudantes em cursos de graduação de universidades federais e institutos tecnológicos de ensino superior. Para participar, é preciso ter feito o Enem e obtido nota acima de zero na redação.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Carros são esmagados após queda de muro em condomínio de Curitiba

Incidente ocorreu no domingo (4), após forte chuva; não há feridos.
Houve ainda alagamentos e rompimento de galerias na cidade.

Ninguém ficou ferido no desmoronamento, e um relatório será feito pela Comissão de Segurança de Edificação e Imóveis (Cosedi)  (Foto: Murilo Rodrigues/ Arquivo pessoal)Ninguém ficou ferido no desmoronamento, e um relatório será feito pela Comissão de Segurança de Edificação e Imóveis (Cosedi) (Foto: Murilo Rodrigues/ Arquivo pessoal)
O muro do conjunto habitacional Bell Terra, em Curitiba, desmoronou atingindo uma casa e três carros que estavam no estacionamento. A estrutura ruiu após a chuva do final da tarde de domingo (4). Ninguém ficou ferido, e, de acordo com a Defesa Civil, a área foi interditada. Apesar disso, nenhum morador precisou deixar o condomínio.

“Fez um barulho, como um trovão, no momento daquela chuva intensa. Foi só depois de um tempo, uma meia hora depois, que a gente percebeu”, contou Murilo Rodrigues, que mora no condomínio há 18 anos. Ele contou que nunca havia ocorrido algo semelhante  no local. Ele acredita que a água da chuva, que acumulou no terreno baldio vizinho, pode ter provocado a queda. “Foi um susto. Felizmente ninguém se machucou, foram só os carros”, disse.

O local ficará bloqueado até a Comissão de Segurança de Edificação e Imóveis (Cosedi) concluir o relatório sobre o impacto do desmoronamento.

Segundo a Prefeitura de Curitiba, houve ainda seis ocorrências relacionadas a alagamentos e rompimento de galeria nos bairros Santa Quitéria, Portão, Cidade Industrial e Campo Comprido.

Mais chuva
A chuva não causou estragos apenas em Curitiba. Moradores da região norte do Paraná também tiveram que lidar com os prejuízos causados pelo excesso de chuva. Em Maringá, cerca de quatro mil pessoas tiveram problemas com casas e carros alagados, de acordo com a Defesa Civil. Os bairros mais atingidos na cidade foram os da Zona Norte

Educação.

Começam as provas do segundo dia da etapa final da Fuvest 2015

Nesta segunda, candidatos terão de responder 12 questões dissertativas. 
Primeira chamada sai no dia 31 de janeiro.

Candidatos começam a entrar para as provas na Poli (Foto: Cauê Fabiano/ G1)
Começam nesta segunda-feira (5) as provas do segundo dia da etapa final do vestibular 2015 da Fuvest. Os portões foram fechados às 13h. As provas têm quatro horas de duração.
Na escola Politécnica, na Universidade de São Paulo, os fiscais informaram que está faltando água no prédio, por isso aumentaram as filas para uso do banheiro químico antes do início das provas.
O exame desta segunda terá 16 questões dissertativas de história, geografia, matemática, física, química, biologia e inglês. No domingo, primeiro dia de provas, os candidatos fizeram dez questões dissertativas de português e a redação cujo o tema foi "Camarotização: desagregação social."
Em São Paulo, Giovanna Hemy Takano, de 17 anos, deixou para os pais a missão de contarsua história nos dias de provas da segunda fase da Fuvest. A jovem só teve tempo de posar para uma foto e subir, nervosa, para fazer o vestibular.
"Tem que acompanhar a filha. É a única, né? Tem que dar força, ela tá bem nervosa, tem que tentar acalmar", disse o vendedor Henriqueley dos Santos, de 38 anos, após dar um último beijo na primogênita, antes do início da prova.

Candidata ao curso de medicina veterinária, Giovanna veio acompanhada dos pais de Vargem Grande Paulista (SP) para fazer a segunda fase da Fuvest (Foto: G1/Caio Kenji)Candidata ao curso de medicina veterinária, Giovanna veio acompanhada dos pais de Vargem Grande Paulista (SP) para fazer a segunda fase da Fuvest (Foto: G1/Caio Kenji)
Ele e a esposa, Márcia Takano dos Santos, de 36 anos, viajaram de Vargem Grande Paulista (45 km de São Paulo) para trazer a filha para fazer o vestibular e pretendem repetir o trajeto durante os três dias de prova.
Julia Veiga Camacho chegou 2h20 antes da Fuvest com mãe e irmã em Piracicaba (Foto: Claudia Assencio/G1)Julia Veiga Camacho chegou 2h20 antes da Fuvest
com mãe e irmã em Piracicaba (Foto: Claudia
Assencio/G1)
Já a estudante Julia Veiga Camacho, de 18 anos, chegou à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), campus da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba (SP), com 2h20 de antecedência. Ela resolveu chegar mais cedo para não correr o risco de perder o exame. "Melhor chegar duas horas antes do que um minuto depois", justificou a aluna, que estava acompanhada da mãe e da irmã mais nova.
Julia concorre a uma vaga na Faculdade de Direito, no Largo do São Francisco, da USP, e presta o exame da Fuvest pela terceira vez, mas só nessa tentativa chegou à segunda fase. Nas outras duas ocasiões, a jovem prestou a prova como treineira. "Eu sei que é muito concorrido, mas me preparei bastante, principalmente para os conhecimentos específicos da área, que serão cobrados no terceiro dia", afirmou a jovem, que é moradora de Santa Bárbara d'Oeste (SP).
Camila Rigo acredita que fazer carinho no coelho dela dá sorte (Foto: Luana Marques/G1)Camila Rigo acredita que fazer carinho no coelho
dela dá sorte (Foto: Luana Marques/G1)
Em São Carlos, Camila Rigo, de 18 anos, afirmou que tem um ritual antes do exame, que presta para enfermagem. "Antes de sair de casa faço, carinho no meu coelho, acho que isso dá sorte", revelou. Ela contou ainda que no ano passado, quando prestou como treineira, usou uma pulseira que julgava dar sorte, mas a ação não deu muito resultado e ela abandonou a ideia. "Agora não uso mais", disse.
Provas até terça
O índice de abstenção do primeiro dia foi de 8,1% (2.412 ausentes). No total, a Fuvest havia convocado para esta etapa final 29.698 candidatos que disputam 11.177 vagas (11.057 na USP e 120 no curso de medicina da Santa Casa).
A segunda fase termina na terça-feira (6) com 12 questões dissertativas. O conteúdo varia de acordo com a carreira escolhida pelo candidato, e pode abordar entre duas e três disciplinas. Se forem duas disciplinas, serão seis questões de cada uma delas. Se forem três disciplinas, serão quatro questões de cada.
Algumas carreiras têm provas de habilidades específicas, que valem 100 pontos. Elas serão realizadas a partir do dia 7 de janeiro.
A primeira chamada dos aprovados no vestibular será feita no dia 31 de janeiro. A matrícula online ocorrerá nos dias 3 e 4 de fevereiro para confirmar o interesse pela vaga, e a matrícula presencial será feita em 11 e 12 de fevereiro.
Fiscais avisaram que o prédio da Poli está sem água, filas para o uso do banheiro químico aumentaram (Foto: Cauê Fabiano/ G1)

Trânsito em São Paulo

05/01/2015 11h05 - Atualizado em 05/01/2015 13h06

Trecho da Av. Paulista é interditado para construção de ciclovia

Obras devem ser concluídas em seis meses.
CET recomenda cuidado aos motoristas ao trafegarem pela avenida.


Faixa da Avenida Paulista começa a ser isolada para o início da construção da ciclovia em uma das principais avenidas de de São Paulo. O primeiro trecho a ser construído vai da rua Augusta até a Alameda Casa Branca, altura do Masp, no sentido Paraíso (Foto: J. Duran Machfee/Estadão Conteúdo)Faixa da Avenida Paulista começa a ser isolada paraa construção da ciclovia (Foto: J. Duran Machfee/Estadão Conteúdo)
Um trecho da Avenida Paulista foi interditado na manhã desta segunda-feira (5) para o início da construção da ciclovia. As obras, que custarão R$ 15 milhões, devem ser concluídas em seis meses.
A Companhia Engenharia de Tráfego (CET) recomenda cuidado aos motorista e pede que eles obedeçam à sinalização ao trafegarem pela avenida.  
O projeto de implantação de ciclovia na Avenida Paulista foi aprovado, em novembro, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat)
No entender da entidade, os bens tombados, além de MASP e Conjunto Nacional, não serão afetados pela via exclusiva para as bicicletas. As intervenções em área no entorno de bens tombados na esfera estadual deve ser analisada e aprovada previamente pelo conselho.
O secretário municipal dos Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou, em setembro, que a ciclovia da Paulista fazer pelo menos cinco importantes conexões entre regiões da cidade: o Centro, para a região do Estádio do Pacaembu, da Avenida Brasil, do Parque Ibirapuera e para o Metrô Jabaquara.
Minhocão
A Rua Amaral Gurgel, sob o Elevado Costa e Silva, também terá as faixas da esquerda interditadas nos dois sentidos às 23h horas desta segunda-feira para implantação da ciclovia que passará debaixo do Minhocão. Os bloqueios, entre a Rua Major Sertório e o Largo do Arouche, vão durar cerca de seis meses, segundo a CET.
Perspectiva da ciclovia em frente à Casa das Rosas. (Foto: Reprodução/CET)Perspectiva da ciclovia em frente à Casa das Rosas. (Foto: Reprodução/CET)
Área da travessia deve ser preservada. (Foto: Reprodução/CET)Área da travessia deve ser preservada. (Foto: Reprodução/CET)
Perspectiva aérea da ciclovia na Avenida Paulista. (Foto: Reprodução/CET)Perspectiva aérea da ciclovia na Avenida Paulista. (Foto: Reprodução/CET)
Perspectiva da ciclovia em frente à Casa das Rosas. (Foto: Reprodução/CET)Perspectiva da ciclovia em frente à Casa das Rosas. (Foto: Reprodução/CET)
Área da travessia deve ser preservada. (Foto: Reprodução/CET)Área da travessia deve ser preservada. (Foto: Reprodução/CET)
Perspectiva aérea da ciclovia na Avenida Paulista. (Foto: Reprodução/CET)Perspectiva aérea da ciclovia na Avenida Paulista. (Foto: Reprodução/CET)
Projeto
A ciclovia da Avenida Paulista vai ficar no canteiro central da via e não vai tirar nenhuma faixa dos veículos, mas vai diminuí-las. As faixas de ônibus vão ser reduzidas de 3,5 metros para 3,3 metros e as de carros de 3 metros para 2,8 metros.
Primeiramente, o secretário havia informado que as obras seriam concluídas ainda este ano, mas, posteriormente, confirmou o que o prefeito Fernando Haddad havia informado, sobre só ser possível a conclusão em 2015.
“Em função de final de ano, Natal, corrida de São Silvestre, especificamente o eixo que envolve a Consolação da Praça Osvaldo Cruz, nós vamos entrar em obras apenas em 2015”, disse.

Durante todo o período, a faixa da esquerda em ambos os sentidos da Avenida Paulista destinada aos veículos será interditada. A ciclofaixa de lazer que funciona aos domingos será desativada nos seis meses de obras.
O secretário informou ainda que a meta é completar, até o final de 2015, 400 quilômetros de ciclovias.
Entenda as novas ciclovias de SP
A construção de 400 km de ciclovias é uma das 123 metas de gestão de Fernando Haddad, que se elegeu com a promessa de privilegiar o transporte público.
Considerando que São Paulo tem 17,2 mil km de vias pavimentadas, o total representa espaço exclusivo para ciclistas em 2,3% do total de ruas e avenidas da cidade. Segundo estimativas, o custo total das obras é de R$ 80 milhões. Parte dos recursos devem ser disponibilizados pelo Fundo Municipal do Meio Ambiente (Fema).
De acordo com a Prefeitura, o cumprimento da meta deixará São Paulo com total de ciclovias próximo do que há em outras cidades do mundo. O levantamento da administração municipal aponta que Berlim lidera o ranking com 750 quilômetros. Além dos 400 km do novo plano, há previsão de inauguração de 150 quilômetros de ciclovias que devem ser implantadas junto aos futuros corredores de ônibus, além de outros 63 km já existentes até 2013.
A instalação de ciclovias é uma das estratégias apontadas por especialistas em trânsito para oferecer outras opções para o transporte na cidade. Neste ano, São Paulo atingiu novo recorde de congestionamento, com 344 km de vias congestionadas em 23 de maio.
Além disso, a construção de ciclovias é uma demanda de diversos setores, incluindo cicloativistas que se articulam na cidade em associações e promoveram ao longo de anos intervenções e protestos por mais respeito às bicicletas no trânsito. O número de ciclistas mortos em acidentes de trânsito caiu entre 2005 e 2013, período disponível no levantamento da CET. Em 2005, foram 93 casos. Em 2013, o total de mortes foi de 35.

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