Após atentados, Estados Unidos retiram suas forças especiais do Iêmen
Um dia depois dos atentados contra duas mesquitas no Iêmen, ocorridos na sexta-feira (20), o Pentágono decidiu retirar uma centena de soldados que ainda se encontrava no país da península arábica. Neste domingo (22), o departamento de Estado norte-americano confirmou a evacuação de todo o seu pessoal atuante no Iêmen, que parece mergulhar definitivamente em um caos político e social.
O Pentágono avalia que a situação se tornou excessivamente perigosa no país após os atentados qua deixaram ao menos 142 mortos e decidiu retirar os membros de suas forças especiais, os Boinas Verdes e os Navy Seals. A medida é considerada um revés para a política dos Estados Unidos na região. O presidente Barack Obama costuma citar o Iêmen como um exemplo na luta contra o terrorismo.
O presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi era um aliado dos norte-americanos e havia inclusive autorizado o uso de drones para a eliminação de islâmicos radicais, como Anwar al-Awlaki, líder da Al-Qaeda na Península Arábica. O presidente, que renunciou ao cargo em janeiro, conseguiu escapar, ontem, de um cerco de milícias a sua casa, na capital, Sanaa.
A retirada dos soldados americanos, que também treinavam o exército do Iêmen no combate aos terroristas, representa a eliminação de uma importante fonte de informação.
Atentado reivindicado
Washington ainda não tem certeza de que os atentados de sexta-feira tenham sido comandados pelo grupo Estado Islâmico, ainda que o grupo terrorista tenha reivindicado sua autoria.
Para o deputado democrata Adam Schiff, que integra a comissão de informação do Congresso, a retirada deixa um vazio que permitirá aos movimentos islâmicos — tanto a Al-Qaeda da Penísula Arábica (Aqpa) quanto o Estado Islâmico — aumentar sua influência na região, criando um novo desafio para os Estados Unidos.
Fonte: Msn
Nenhum comentário:
Postar um comentário