A partida entre Corinthians e Atlético-MG, no returno do Brasileirão de 2011, não valeu o título nacional, mas é lembrada até hoje pela Fiel torcida como um dos “jogos do título” daquele campeonato. Era a 36ª rodada, e a equipe de Tite conseguiu virar sobre o Galo, ameaçado pelo rebaixamento, aos 43 minutos, com gol de Adriano Imperador: 2 a 1, no Pacaembu lotado. O Timão tentará repetir a dose no próximo domingo e encaminhar o hexacampeonato, mas sabe que o desafio será ainda mais difícil.
Foto: Marcos Ribolli |
O que aumenta o grau de dificuldade do duelo não é só o fato de os mineiros estarem na briga pelo título, diferentemente do que ocorreu há quatro anos. O local do confronto, a Arena Independência, em Minas Gerais, é um forte aliado atleticano para tentar frear o líder do Brasileirão e voltar de vez para a briga pelo título. Além de Alçapão do Galo, o estádio não traz boas recordações ao Corinthians.
O Timão não vence no Horto há 24 anos. O último triunfo no local foi sobre o Cruzeiro, pela Copa do Brasil de 1991. Na história, foram 16 atuações no palco que pertence ao América-MG, com quatro vitórias, seis empates e seis derrotas.
Acabar com essa marca negativa é mais um objetivo para o clube de Parque São Jorge, que vem acumulando recordes e quebrando tabus. Não será fácil, mas a receita pode estar em olhar o passado e aprender as lições de 2011. Para, Fábio Santos, lateral-esquerdo no duelo de quatro anos atrás e hoje torcendo pelo Timão do México, onde defende o Cruz Azul, a situação atual está até mais cômoda:
– Nós não tínhamos essa gordura de pontos, não havia margem de erro. Hoje é mais tranquilo, mesmo com o Tite não gostando de admitir e trabalhando para manter o foco. O título está bem encaminhado!
Com a palavra: Fábio Santos, ex-lateral do Timão, ao LANCE!:
Não vejo muita semelhança, porque em 2011 vivíamos um momento mais delicado, necessitávamos demais da vitória em casa sobre o Atlético-MG, tínhamos que ganhar para manter a liderança. Acho que hoje, por mérito dos jogadores e da comissão técnica, o Corinthians abriu uma vantagem significativa que faz com que o time entre até mais tranquilo em campo. Mesmo que perca para o vice, a vantagem na liderança ficará em cinco pontos, isso dá tranquilidade.
Sobre 2011, lembro que o Vasco, segundo colocado, estava numa fase muito boa também. A gente ganhava e eles também. Abríamos vantagem no sábado e eles empatavam no domingo. Esse jogo contra o Atlético-MG foi um desses que entramos com carga de pressão grande, contra uma boa equipe. Esse foi um dos jogos em que o torcedor mais ajudou. Foi marcante, uma partida essencial para o título.
Não esperava que o Adriano fosse resolver aquele jogo. Sabíamos do nome que ele tinha, da força que ele tinha... Mas a gente vinha de um jogo contra o Ceará em que ele estava pronto para entrar, mas o Ramirez fez um gol e ele não entrou. Aí no vestiário o Adriano estava irritado, a gente tentou acalmá-lo. Ninguém imaginava que ele poderia decidir, foi bom ver aquele velho Adriano que decidia jogos e decidiu para a gente, tendo participação grande na conquista.
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