Rádio Os Informantes

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Economia a Argentina.

A inflação de 2015 na Argentina ficou em torno de 30%, segundo índices regionais de referência divulgados nesta segunda-feira (25) no Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), à espera de um indicador único cuja elaboração demorará pelo menos oito meses.
Os números de referência são os da cidade de Buenos Aires, que em 2015 teve uma inflação de 26,9% e o da província de San Luis (centro-oeste), que ficou em 31,6%.
Ambos foram estabelecidos como indicadores de referência até que o Indec conclua a elaboração de uma nova metodologia de medição da evolução dos preços.
Em meados de janeiro, o Indec informou que a Argentina voltará a publicar índices como o que mede o Produto Interno Bruto (PIB) em 180 dias, mas demorará pelo menos oito meses para voltar a publicar a inflação nacional.
As autoridades acreditam que o índice de pobreza deve ficar pronto para 2017.
O índice de inflação da cidade de Buenos Aires registrou um aumento de 3,9% em dezembro em relação ao mês anterior, enquanto que o de de San Luis ficou em 6,5% no mesmo período.
Transição de governos
A normalização do Indec foi uma das promessas de campanha do presidente Mauricio Macri, que assumiu em 10 de dezembro à frente de um governo de direita.
Ao apresentar um programa de metas em matéria econômica, o ministro apontou que, "para 2017, a inflação ficará entre 12% e 17% e, para concluir, 2019 terá inflação de um dígito, de 5%".

Depois de acusar o governo Cristina Kirchner (2007-2015) de deixar "um Estado vazio", com um alto déficit fiscal de 5,8%, o ministro disse que a Argentina "tem oito anos de inflação acima dos 20%".
Macri, um homem pró-mercado, anunciou que uma equipe de seis ministros e um coordenador para cuidar da economia: Fazenda e Finanças, Produção (ex-Indústria), Infraestrutura (ex-Planejamento), Agricultura e as novas pastas de Energia e do Transporte.

O novo governo assumirá um país sem dívidas e com baixo desemprego (5,9% no terceiro trimestre de 2015), mas com temas críticos como a inflação, a restrição cambial (banda cambial), a queda das reservas (abaixo de 26 bilhões de dólares) e a desconfiança nas estatísticas oficiais.

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