Rádio Os Informantes

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Brasil ( São Paulo).

Terceirização opõe centrais sindicais em atos em SP no Dia do Trabalho

Centrais têm posições distintas sobre projeto que regulamenta terceirização.
Força Sindical e CUT promovem eventos no Centro e na Zona Norte de SP.


A Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) promoveram eventos nesta sexta-feira (1º) na cidade de São Paulo em comemoração ao Dia do Trabalho. Principal tema em debate nos dois atos, o projeto de lei que regulamenta a terceirização coloca as centrais em lados opostos. A Força Sindical apoia a aprovação do projeto que agora tramita no Senado. A central diz que ele vai dar garantias aos trabalhadores que já são terceirizados. Já a CUT é contra e diz que os trabalhadores perderão direitos e salários. Ela ameaça convocar greve geral caso o projeto seja aprovado.

O senador Aécio Neves (PSDB) e o o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) estiveram no evento da Força. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou do ato promovido pela CUT.
Lula discursou contra a terceirização e reagiu ao que chamou de insinuações sobre a Operação Lava Jato. Ele disse que parte da elite tem medo que ele volte a ser candidato. "Eu não tenho intenção de ser candidato a nada", declarou.
Ato da CUT
CUT, MST, MTST e aproximadamente 30 movimentos sociais, estudantis e sindicais promoveram ato conjunto no Vale do Anhangabaú. Por volta das 12h20, a CUT divulgou a estimativa de que 20 mil participavam do evento.
Quando a presidente Dilma diz não ao PL 4330 ela se coloca ao lado dos trabalhadores. (...) Não queremos voltar ao século passado, queremos andar pra frente. Quando alguns dizem que querem menos democracia, dizemos o contrário"
Miguel Rossetto,
ministro da Secretaria-Geral da Presidência
Entre as bandeiras dos movimentos no ato estão a defesa da Petrobras, dos direitos da classe trabalhadora, pela reforma política e contra a aprovação do PL 4330, que regulamenta a terceirização.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, defendeu a unidade da esquerda brasileira em torno do movimento "Pelos direitos, contra a direita."
Segundo ele, o movimento pretende criar um dia nacional de lutas em 29 de maio e organizar uma greve geral caso seja aprovado no senado o PL 4330.
Durante o evento, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, ressaltou a posição do governo contra o projeto de lei. "Quando a presidente Dilma diz não ao PL 4330 ela se coloca ao lado dos trabalhadores. (...) Não queremos voltar ao século passado, queremos andar pra frente. Quando alguns dizem que querem menos democracia, dizemos o contrário", afirmou.

O ex-presidente Lula discursou e disse que está notando "todo santo dia, insinuações". "'Ah, lá na operação Lava Jato estão esperando que alguém cite o nome do Lula. Ah, estão tentando fazer com que os empresários citem o nome de Lula. Eu estou quietinho no meu lugar. Não me chame para a briga. Eu não tenho intenção de ser candidato a nada. Está aceita a convocação. Eu agora vou começar a andar o país outra vez", disse.
Fonte (G1).

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