Rádio Os Informantes

sábado, 4 de julho de 2015

Mundo

Divididos, os gregos vivem este sábado (4) um dia de reflexão, na véspera de um referendo histórico para determinar o destino do país na zona do euro e o do governo de Alexis Tsipras.
Após uma campanha de apenas uma semana, os gregos devem votar neste domingo "sim" ou "não" às condições estabelecidas pelos credores (UE e FMI) para fechar um acordo para cobrir as necessidades financeiras do país.
Depois de cinco anos de crise profunda, a população está muito dividida sobre a consulta, o que ficou claro nas manifestações de sexta-feira (3) à noite no centro de Atenas.
Os partidários do "não", defendido pelo governo para negociar "um melhor acordo" com os credores, acreditam que este é o caminho para sair de uma austeridade autodestrutiva.
Aqueles que defendem o "sim", acreditam que o que está em jogo é a permanência do país na zona do euro e na UE, e veem o "não" como o caminho para o "caos", "isolamento" e o retorno ao dracma, a antiga moeda nacional.
Pavlos, um aposentado de 72 anos entrevistado em frente a um banco de Atenas, enxerga um futuro "negro".
"Agora há dinheiro, mas na próxima semana, pode ser que não. Como vão fazer as pessoas?", questionou.
As duas pesquisas divulgadas na sexta-feira apontavam para um resultado apertado no referendo, o primeiro no país desde 1974, quando votaram para abolir a monarquia.
Em virtude do controle de capital instaurado há uma semana para evitar o colapso total dos bancos, os gregos só podem retirar até 60 euros por pessoa por dia nos caixas eletrônicos.
Desde terça-feira, o país está em calote com o FMI, por não pagar um reembolso de cerca de 1,5 bilhão de euros, e não tem acesso à assistência financeira dos seus parceiros da zona do euro, que, na ausência de um acordo sobre um programa de ajustes e reformas, não estenderam seu programa.
Fonte; G1

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