Rádio Os Informantes

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Redução da Maioridade Penal

Joaquim Barbosa critica manobra de Cunha para aprovar a redução da maioridade penal
"Matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada NÃO pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa", disse o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, pelo Twitter. A frase se refere à manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB -RJ) de permitir a análise de uma emenda para conseguir aprovar a proposta de redução da maioridade penal em crimes graves de 18 para 16 anos. 
Imagem da Internet
Barbosa, que ficou famoso pela sua atuação como relator no julgamento da Ação Penal 470, o Mensalão, disse que a "pedalada regimental" de Cunha fere o artigo 60, parágrafo 5º da Constituição brasileira. Ele já havia se posicionado contra a medida, dizendo também no Twitter que quem conhece as prisões brasileiras não apoia essa "insensatez" de reduzir a maioridade. "Maioridade penal: eu apoio integralmente a posição do governo federal, contrária à redução da maioridade penal. Estão brincando com fogo", disse. 
Na madrugada desta quinta-feira (2), a medida foi aprovada para o caso de crimes hediondos (estupro, sequestro, latrocínio, homicídio qualificado e outros), homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. A emenda que permitiu a reavaliação da proposta pelos parlamentares foi dos deputados Rogério Rosso (PSD-DF) e Andre Moura (PSC-SE), deixando de fora da redução da maioridade outros crimes, como roubo com causa de aumento de pena, tortura, tráfico de drogas e lesão corporal grave. Esses crimes constavam do substitutivo da comissão especial para a matéria, rejeitado na madrugada desta quarta-feira (1º).
Quem também criticou a aprovação da Proposta foi o deputado Paulo Pimenta (PT - RS). "Se a Câmara hoje fosse o Brasileirão, o presidente da Câmara seria o Fluminense", afirmou, referindo-se às supostas "viradas de mesa" realizadas pelo clube para escapar do rebaixamento. 
Fonte: InfoMoney

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