Filipinho mira "perigosa Pipe": “Portas estão abertas e vamos com tudo
"Sem dúvida nenhuma esse é o ano do Brasil no surfe", diz Filipe Toledo após conquistar o título da etapa de Peniche e assumir a vice-liderança Mundial.
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Imagem da Internet |
O que parecia um sonho distante no início da temporada acabou virando uma realidade muito próxima. Campeão da etapa de Peniche, em Portugal, Filipe Toledo vai para a última e decisiva disputa, em Pipeline, em dezembro, na segunda colocação do Circuito Mundial. Ele sabe, porém, que a briga no Havaí será boa. Além do australiano Mick Fannig, o atual líder, ainda terá de enfrentar Adriano de Souza, o Mineirinho 3º colocado, e Gabriel Medina o 4º.
- Sem dúvida nenhuma esse é o ano do Brasil no surfe. Ano passado também foi por conta do Gabriel (Medina), mas esse ano está sendo impressionante. Sempre soube que todos tinham potencial, mesmo sendo difícil. Mas quebramos as barreiras, as portas estão abertas e vamos com tudo. No Havaí, vai ser muito divertido, todos tensos, título em jogo, mas estarei tranquilo e feli- Eu não imaginava, mas era meu objetivo. Eu sabia que se não ganhasse essa etapa, minhas chances seriam mínimas e dependeria de muitos resultados. Agora, em segundo, vou chegar mais tranquilo e com muito mais chances de colocar a mão na taça.
O desafio no Havaí, no entanto, promete ser ainda mais difícil. Além dos fortes rivais brigando pelo título, o próprio mar será um grande adversário. Para Filipinho, as tradicionais ondas de Pipeline são as mais perigosas.
- Pipe é uma onda muito desafiadora. Se perguntar a onda mais perigosa, certamente será a Pipeline. Mas, com esse momento do surfe, tem tudo para um brasileiro ganhar e fazer história de novo. Temos tudo para mostrar para o mundo inteiro que a gente também pode chegar lá. z com meu segundo lugar. Vou fazer o meu melhor.O sucesso de Filipe Toledo, Gabriel Medina, Adriano de Souza, Italo Ferreira, entre outros da nova geração, só foi possível após outros surfistas brasileiros abrirem caminho. A final de Peniche foi a segunda decisão brasileira da história do Circuito. A outra foi em 1999, nos Estados Unidos, quando Neco Padaratz conquistou o título em cima de Fábio Gouveia.
- Naquela época, existia uma diferença muito grande de atletas e um certo preconceito com o surfe brasileiro. Por isso, eles tiveram que batalhar muito mais pela falta de patrocinador e oportunidade. Se você olhar para o futuro, o que eles fizeram me deixa sem palavras. Tivemos atletas como Neco (Padaratz), Victor Ribas, Fabinho Gouveia, só quem fez história no surfe brasileiro. Surfo com o Neco na Califórnia e acho que eles também ficam muito orgulhosos de ver essa geração. Ter esses caras como exemplo motiva muito a todos nós.
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