Empresa diz que inseto diminuiu em 82% larvas em bairro de Piracicaba.
Cidade no interior paulista deve abrigar nova fábrica que produz inseto.
A empresa britânica Oxitec anunciou nesta terça-feira (19) que seu mosquito geneticamente modificado conseguiu reduzir em 82% a quantidade de larvas do mosquito Aedes aegypti espalhadas por um bairro de Piracicaba (SP). A cidade vive um de seus maiores surtos de dengue, mas no bairro de Cecap/Eldorado, apenas um caso foi registrado em 2015, contra 133 no ano anterior.
O mosquito produzido pela empresa, com o nome comercial de “Aedes do bem”, possui uma alteração genética que torna sua prole estéril. O macho de DNA alterado, quando liberado, busca uma fêmea para fecundá-la e produz um ovo infértil, barrando a oportunidade de machos selvagens se reproduzirem.
Durante o período de uso da tecnologia em Piracicaba, 25 milhões de mosquitos machos estéreis foram liberados no bairro alvo do programa. Os mosquitos, segundo a empresa, não contribuem para a transmissão da dengue e outras doenças, porque só a fêmea do Aedes aegypti pica.
O anúncio do sucesso do projeto ocorre em um evento que começou às 10h na praça José Bonifácio. A prefeitura da cidade anuncia que decidiu prorrogar por mais um ano o projeto com o inseto transgênico no Cecap e pretende estender a ação para o centro do município.
Segundo o prefeito, a cidade ganhará uma nova unidade de produção dos insetos com capacidade de atender uma população de 300 mil pessoas. A Oxitec já tem uma unidade em Campinas.
Tecnologia
A tecnologia do OX513A foi desenvolvida em 2002 por cientistas da Universidade Oxford (Reino Unido), que depois criaram a Oxitec. No laboratório, ovos dos Aedes aegypti receberam uma microinjeção de DNA com dois genes, um para produzir uma proteína que impede seus descendentes de chegarem à fase adulta na natureza, chamado de tTA, e outro para identificá-los sob uma luz específica.
Isso permite que, em condições controladas, a fábrica consiga fazer com que o inseto geneticamente modificado se reproduza. Uma vez solto no ambiente, porém, o macho se torna infértil.
O “Aedes do bem” é transgênico porque tem DNA alterado e possui material genético de outras espécies de organismo.
Testes iniciados em 2011 na cidade de Juazeiro, na Bahia, mostraram redução acima de 80% na população selvagem. Alguns experimentos apontaram resultados de 93% de redução do Aedes aegypti que vive na natureza. O uso dos insetos da Oxitec no Brasil foi feito em parceria com a organização Moscamed.
Como funciona
O objetivo da Oxitec é ser contratada pelo poder público para fornecer um pacote de serviços, que vai desde o treinamento de agentes públicos ao combate de possíveis epidemias de dengue.
A empresa já obteve aval da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para operar, porque a metodologia foi considerada segura. A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), porém, ainda não concedeu autorização para comercialização do serviço, por isso a capacidade da Oxitec para fechar negócios ainda é limitada.
Fonte (G1).
A empresa britânica Oxitec anunciou nesta terça-feira (19) que seu mosquito geneticamente modificado conseguiu reduzir em 82% a quantidade de larvas do mosquito Aedes aegypti espalhadas por um bairro de Piracicaba (SP). A cidade vive um de seus maiores surtos de dengue, mas no bairro de Cecap/Eldorado, apenas um caso foi registrado em 2015, contra 133 no ano anterior.
O mosquito produzido pela empresa, com o nome comercial de “Aedes do bem”, possui uma alteração genética que torna sua prole estéril. O macho de DNA alterado, quando liberado, busca uma fêmea para fecundá-la e produz um ovo infértil, barrando a oportunidade de machos selvagens se reproduzirem.
Durante o período de uso da tecnologia em Piracicaba, 25 milhões de mosquitos machos estéreis foram liberados no bairro alvo do programa. Os mosquitos, segundo a empresa, não contribuem para a transmissão da dengue e outras doenças, porque só a fêmea do Aedes aegypti pica.
O anúncio do sucesso do projeto ocorre em um evento que começou às 10h na praça José Bonifácio. A prefeitura da cidade anuncia que decidiu prorrogar por mais um ano o projeto com o inseto transgênico no Cecap e pretende estender a ação para o centro do município.
Segundo o prefeito, a cidade ganhará uma nova unidade de produção dos insetos com capacidade de atender uma população de 300 mil pessoas. A Oxitec já tem uma unidade em Campinas.
Tecnologia
A tecnologia do OX513A foi desenvolvida em 2002 por cientistas da Universidade Oxford (Reino Unido), que depois criaram a Oxitec. No laboratório, ovos dos Aedes aegypti receberam uma microinjeção de DNA com dois genes, um para produzir uma proteína que impede seus descendentes de chegarem à fase adulta na natureza, chamado de tTA, e outro para identificá-los sob uma luz específica.
A tecnologia do OX513A foi desenvolvida em 2002 por cientistas da Universidade Oxford (Reino Unido), que depois criaram a Oxitec. No laboratório, ovos dos Aedes aegypti receberam uma microinjeção de DNA com dois genes, um para produzir uma proteína que impede seus descendentes de chegarem à fase adulta na natureza, chamado de tTA, e outro para identificá-los sob uma luz específica.
Isso permite que, em condições controladas, a fábrica consiga fazer com que o inseto geneticamente modificado se reproduza. Uma vez solto no ambiente, porém, o macho se torna infértil.
O “Aedes do bem” é transgênico porque tem DNA alterado e possui material genético de outras espécies de organismo.
Testes iniciados em 2011 na cidade de Juazeiro, na Bahia, mostraram redução acima de 80% na população selvagem. Alguns experimentos apontaram resultados de 93% de redução do Aedes aegypti que vive na natureza. O uso dos insetos da Oxitec no Brasil foi feito em parceria com a organização Moscamed.
Como funciona
O objetivo da Oxitec é ser contratada pelo poder público para fornecer um pacote de serviços, que vai desde o treinamento de agentes públicos ao combate de possíveis epidemias de dengue.
O objetivo da Oxitec é ser contratada pelo poder público para fornecer um pacote de serviços, que vai desde o treinamento de agentes públicos ao combate de possíveis epidemias de dengue.
A empresa já obteve aval da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para operar, porque a metodologia foi considerada segura. A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), porém, ainda não concedeu autorização para comercialização do serviço, por isso a capacidade da Oxitec para fechar negócios ainda é limitada.
Fonte (G1).
Nenhum comentário:
Postar um comentário