Filme Star Wars Rogue One

 Wars", como toda obra de ficção científica, sempre usou seus personagens e cenários futurísticos para falar na verdade da nossa sociedade, da nossa história. Mas talvez "Rogue One", que estreiou no Brasil em dezembro do ano passado.Em tempos de posicionamentos políticos radicais, da eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos a referendos como o Brexit, no Reino Unido, uma história sobre um grupo de heróis anônimos que se rebela contra um império faz total sentido. É o que diz o ator mexicano Diego Luna, que interpreta o capitão rebelde Cassian Andor na película."O dia em que as pessoas se envolverem e decidirem lutar por um bem em comum será o dia em que iremos construir a nossa realidade. A mensagem do filme é um pouco essa. Que claro, é muito pertinente para a realidade em que vivemos hoje. Onde, de fato, as posturas estão se radicalizando", comenta o ator durante entrevista ao G1 em evento na Cidade do México, em novembro."Além de entreter, divertir e se conectar com os fãs do primeiro 'Star Wars', o filme também está fazendo um comentário social e político. E isso o engrandece. Porque essa é uma ferramenta para chegar a muitas pessoas", diz Luna.A atualidade de "Rogue One: Uma história Star Wars", primeiro filme da saga espacial que acontece fora das trilogias principais, também pode ser vista na diversidade do seu elenco (com chineses, latinos, negros e britânicos) e na busca pelo que o diretor Gareth Edwards chama de um "filme que pareça real"."É muito fácil dizer que aquela pessoa é malvada e aquela é boa. Mas as pessoas não são tão simples. Pessoas boas cometem coisas terríveis. E pessoas más fazem coisas muito boas", diz Edwards, que usa o caso da protagonista Jyn Erso (Felicity Jones) para expôr as ambiguidades do universo de "Rogue One" – e do nosso também?"O pai de Jyn já foi do Império. Mas suas memórias de criança são desse ótimo pai a levando para cama. Como alguém tão caloroso e amoroso pode estar do lado malvado?", ele diz."Esse é um filme mais complexo nesse sentido", afirma Luna. "Há a questão de quem está lutando pelas corretas e quem não está. Agora, na guerra, todos acabam fazendo coisas horríveis. A guerra não traz nada de bom. E todos esses personagens vivem nessa constante contradição. De querer fazer o correto, mas viver num mundo que os força a jogar sujo".

Fonte:G1