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| "Há acordes no coração dos mais imprudentes que não podem ser tocados sem emoção" |
Autor: Edgar Allan Poe.
Conto: A Máscara da Morte Escarlate
O conto, muito bem escrito e instigante, nos leva a um país, na época medieval onde uma peste está reduzindo cada vez mais a população do país. O sangue era sua revelação e sua
marca. Surgia com dores agudas e súbita tontura, seguidas sangramento pelos poros, e então a morte. As manchas rubras no corpo e principalmente no rosto da vítima eram o estigma da peste que a privava da ajuda e compaixão dos semelhantes. E entre o aparecimento, a evolução e o fim da doença não se passava mais de meia hora.
Apesar da peste fatal estar se alastrando, o príncipe Prosper não ficou preocupado. Quando a peste havia reduzido a população de seu domínio a metade, ele resolveu chamar seus dois mil e poucos amigos para se exilarem em seu grande palácio. E depois de um mês, ele resolveu dar uma festa a fantasia para os amigos, para comemorar que não houve nenhuma morte dentro do palácio. Lá dentro, vinho, roupas, camas quentes e alegria. E, do lado de fora dos portões, a morte escarlate reinava. E na noite da festa, Prosper e todos os seus amigos pagam o preço por só se importarem com si mesmos.
O conto, apesar de ser "só um conto", tem muita história. Edgar Allan Poe, o mestre do suspense e terror literário soube escrever muita história com menos de 10 páginas.
O mais interessante de tudo, é que o Príncipe Prosper acredita que ignorando os problemas que acometem o mundo lá fora, ficará imune a tudo, o que não passa de um mero engano. Isto nunca aconteceu, é apenas um conto para Poe criticar os poderosos que ignoram o povo e só pensam em sim, mas tudo tem seu preço... A peste que o conto se refere parece ser a Escarlatina.
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